...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

sexta-feira, 27 de junho de 2014

MADINAT FAS

10 horas de viagem*, ida e volta, para visitar Fes, a maior medina (cidade velha) do mundo, com mais de 9400 ruas, 1300 becos, 150 mesquitas, berço da universidade e da madrassa em funcionamento mais antigas do mundo (ambas de 859 d.c.).
Consta que a austeridade das paredes esconde casas 'alucinantes', mas tirando a madrassa Bou Inania(escola corânica) fundada em 1351, ficámo-nos pelas portas do palácio real e da mesquita (erguida no séc. IX e reconstruída no séc. XII), vedada aos incréus. Para compensar, só vimos a porta azul, a mais famosa entrada na medina, em ímanes de frigorífico.
O resto, foi um périplo acelerado pelas ruelas 'aromáticas', sujas e apinhadas**, literalmente perseguidos por vendedores ambulantes insistentes e, qual rebanho pronto para o sacrifício, estações duma via sacra para compras nos locais escolhidos pelo guia: uma fabriqueta de azulejos, uma farmácia berbere, uma oficina de curtumes e uma tecelagem.
O serviço do descarado guia, mais interessado nas suas comissões (impedindo desvios no percurso) do que nas explicações sobre a cidade, foi 'descontinuado', a resposta da agência aos protestos dos viajantes.
Tudo sopesado, a visita à cidade fundada em 789 é absolutamente obrigatória para quem esteja perto, vá, a menos de 500 quilómetros.
 
* ninguém excede o limite de velocidade, mas pode andar-se em contramão, e sem capacete ou cinto de segurança; passadeiras, népias.
** estão muito avançados nas polifunções, como os talhantes-dentistas, ou no conceito 'do prado ao prato', com a escolha da galinha viva, degolada e eviscerada na banca.   
 
uma das 7 portas do palácio real

medina
 


Oleiro

 

mesquita

 

 

 

 

Oficina de curtumes


 



 

madrassa
 

 

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