...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

sábado, 3 de abril de 2010

DEBOCHE

Pompeia, enterrada na lava do Vesúvio em 79 d.c., é talvez o único "sacrifício colectivo" património da humanidade.
O infortúnio dos cidadãos poupou a cidade e manteve-a conservada durante 2000 anos, como estava no dia em que o vulcão se chateou. Pompeia é, assim, um dos principais testemunhos da vida, organização social e arte na Roma antiga.
Isso é particularmente verdade no caso dos frescos, cujo passar dos séculos é normalmente fatal.

As contrário das 3 religiões do Livro, as religiões politeístas têm uma visão dessacralizada, ou despudorada, do sexo e da nudez - as suas imagens são comuns nos templos pré-colombianos, indianos ou clássicos grego-romanos.
Pompeia é disso exemplo: não só nos edifícios públicos, como nas salas das villas de cidadãos honrados, estão presentes imagens eróticas, que hoje só se veriam em prostíbulos. E somos nós os "avançados"...

Admitamos que a nossa sogra não ficaria constrangida em aparecer para jantar, e que até achava o nosso "Afrodite e 3 númidas" um traço de distinção, podia era ser um bocado cansativo ter um fresco destes lá em casa, não acham?

Banhos Públicos

Banhos Públicos




Casa Vetti

1 comentário:

  1. Eu acho que sim. A desvantagem de um fresco, destes ou de outros quaisquer, é que quando estivermos fartos dele só nos resta pintar por cima e assim perde-se o trabalho do primeiro fresco.
    Nada como uma tela, que sempre se pode substituir por outra passado uns anos. Mas na Roma antiga ainda não se tinha inventado a técnica da tinta sobre tela e tocavam de pintar directamente sobre as paredes. Provavelmente eram pintadas por escravos pintores e quando estavam fartos daquela imagem, mandavam os escravos pintar outra por cima e ficava o problema resolvido :)

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