...e depois, com bigodes de leite, pedem mais paciência e esforço ao povo, que a "vaca 'tá seca".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

IMAGINEM


Imaginem um país solarengo – para facilitar, chamemos-lhe Papua.
Imaginem agora que uma lei exige há QUINZE-anos-QUINZE que os, digamos, brinquedos sejam TODOS testados para detectar materiais perigosos.
Imaginem lá que a lei nunca foi cumprida, apesar das “recomendações” da aliança de países onde a Papua está integrada (organização de cooperação económica Ásia-Pacífico?) e que, na primavera de 2007, a autoridade nacional competente (AC) decidiu que a pesquisa sistemática nos tais brinquedos deveria começar obrigatoriamente nos meses seguintes.
Imaginem ainda que (como o tempo passa depressa) a aquisição do equipamento teve o seu calendário burocrático e a data para o início dos testes diários arrastou-se, sendo adiada para 1/11 (impreterivelmente!) e depois para 1/12/2009 – o mês com mais vendas no sector dos, digamos, brinquedos...
Imaginem que a AC enviou com tempo faxes para as indústrias, relembrando o prazo e recomendando que efectuassem testes experimentais, para as indústrias ganharem rotina, antes do arranque a sério da testagem.
Agora imaginem que, chegados a Dezembro, um industrial diz “este mês ainda é à experiência, há mais produção de (digamos) action men, e ainda calham 3 feriados”.
É para, finalmente, começar, mas devagarinho… É mesmo à papuense.

Por fim, imaginem que a AC generosamente forneceu o equipamento, parte dele avariado, e reagentes cuja validade expirou em Fevereiro de 2008.
Imaginem lá.

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